Meu rio tem águas de mover moinho
e serpenteia pela vida a fecundar sementes,
e a esculpir tessituras nas pedras,
testemunhos dos seus ais.
Meu rio tem águas que correm suaves,
mas já foi de corredeiras, enchente,
a derrubar muros, comportas
e a destruir o que via pela frente.
Meu rio já foi muito inquieto!
Hoje, nas derradeiras dobras do seu curso,
gosta de ser acariciado pelos ventos
que extraem dele murmúrios de Paz.
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