domingo, 2 de setembro de 2012

SAUDADE


Aquela casa,
Paradeiro das minhas lembranças...

[Suave música ecoa no ar.
Cenas de uma vida esquecida.
Restos de um tempo que não existe mais.]

Como era feliz!...
Risos ecoavam entre aquelas paredes.
A vida demorava a passar...
“Tão cedo passa tudo quanto passa!”
Restam pedaços de sonhos caídos no chão.
E “tudo é tão pouco!”...

Volto agora à terra que amei um dia.
O tempo passou,
Muita coisa mudou.
O velho jardim da praça,
Já nem existe mais.
Foram-se a ternura e a graça
Dos antigos carnavais.

Vi com tristeza o velho cinema
Que há tempos cerrou suas portas.
Templo da magia e de esplendor.
Quanta saudade das matinês,
Nas tardes de domingo, quanto amor!

Aquela porta...
Velha madeira carcomida e tosca -
Por ela passou a vida, passou a morte...
- Muda expectadora das bênçãos e da paz.
...meu destino, minha sorte!

Vinhedo, Verão de 2009.

Benevides Garcia

Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências
Clube dos Escritores de Vinhedo
Portal do Poeta Brasileiro


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