Aquela casa,
Paradeiro das minhas lembranças...
[Suave música ecoa no ar.
Cenas de uma vida esquecida.
Restos de um tempo que não existe mais.]
Como era feliz!...
Risos ecoavam entre aquelas paredes.
A vida demorava a passar...
“Tão cedo passa tudo quanto passa!”
Restam pedaços de sonhos caídos no chão.
E “tudo é tão pouco!”...
Volto agora à terra que amei um dia.
O tempo passou,
Muita coisa mudou.
O velho jardim da praça,
Já nem existe mais.
Foram-se a ternura e a graça
Dos antigos carnavais.
Vi com tristeza o velho cinema
Que há tempos cerrou suas portas.
Templo da magia e de esplendor.
Quanta saudade das matinês,
Nas tardes de domingo, quanto amor!
Aquela porta...
Velha madeira carcomida e tosca -
Por ela passou a vida, passou a morte...
- Muda expectadora das bênçãos e da paz.
...meu destino, minha sorte!
Vinhedo, Verão de 2009.
Benevides Garcia
Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências
Clube dos Escritores de Vinhedo
Portal do Poeta Brasileiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário