Há duas luas chegamos
No vapor empoeirado pelo tempo
Um tempo que brilhava
Um tempo que escondia um futuro
Sobre as cartas
Sobre os dados
Esticamos o corpo para o tempo
Para a seda e a sede
Para o acaso
Dos devotos de são mallarmé
Com seus rostos de cera
Passam em marcha sob nossas janelas
Seguram círios lumes de fogo
[bebes deste vinho?]
Mas seus cavalos
No carrossel vermelho dos bárbaros
Esticam os focinhos
Avisam ao tempo
Em seu trote de patas lentas
Sua respiração zen
Cobertos por um manto de ramos verdes
E orvalho negro
Avisam num sussurro
Que essas luas
Que essas lutas
Apenas acabaram
Apenas começaram
*
*
JS
Nenhum comentário:
Postar um comentário