Poderá ser pleno dia,
como funda noite morta:
baterá docemente ou
com estrondo à minha porta.
Bem mais do que à porta, ao peito
chegará a visitante.
Plena nitidez que emerge
de antiga sombra insinuante.
E pedirei: pouse suave,
exile toda a amargura
e em meu coração se deite
como fonte de ternura.
Que assim seja. E me console
de todos os sonhos meus,
quando, num último abraço,
soprar-me seu nome: Adeus...
Publicação original: in Babilônia & Outros Poemas
(2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário