Ai dona fea! imensa e gorda
que vigiais os meus amores!
Quereis saber se ela me nota,
quereis saber se ela me quer;
se o meu abraço a guardará,
quereis saber, ai bruxa má...
E por prazer me apunhalais
e maldizeis o meu carinho
pela qu’é luz do meu loar!
Ai dona fea! obesa e rubra,
assim vestid’en carmesim!
Jamais vos loarei toda via!
Jamais per si vós sabereis
o qu’é o calor do meu loar,
toda ternura do meu verso,
o mal e o mel do meu loar.
Igor Buys
05 de maio de 2011
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*Inspirada na cantiga de maldizer “Ai dona fea, fostes-vos
queixar”, de Joan Garcia de Guilhade.
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