Sombras nadam pelas paredes
ocultando alimentos do meu semblante
cortante num fim de anzol em um azul qualquer
sem destino que acaba dentro de um xícara de café,
noite refinada, firmamento merecido.
Passam pessoas, algumas fascinantes
peço carona com roupas de palavras seladas
de contrabando insípido pela fronteira
com o coração empoeirado e o deserto vira
uma tempestade de impulsos que assumem o leme
enquanto abro a pagina da noite que brilha em brasas
vigiadas.
Tempo leva tudo sem perguntar em progressivos círculos
disponíveis para a odisséia do esquecimento, mas uma coisa
é certa bebi todos os sucos, degustei todos os sabores da
satisfação,
tempo danado avião no ar te usei e abusei, somos iguais
demais.
Sou um expoente despejando neblina psicodélica,
venham nuvens, venham nuvens mais e mais
a cada piscadela marginal celebro a cartase com noção
de estar caminhando no obvio chão ou num vilarejo do céu
assim meio celestial e um tanto de bestial.
Aharon
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