Na sacada de casa
vejo a rua alagada trazer esperança de não perder tudo
Árvores enforcadas com luzes vergonhosas comemorando não se
sabe o quê
Primoroso mês de dar fim as coisas ou simplesmente cobrir-se
bons sentimentos
Na prateleira vejo os rótulos baratos que não me dão
Peixe fresco nas sacolas com puxões dos pequenos querendo
abraçar o caixa mais próximo
Ponteiros como morteiros nos meus olhos
Da desculpa recebida por quem nem fiz questão de estar
Amedronta esquivar e chafurdar no cinza?
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