¬**[Maria]**¬:
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(Cecília Carvalho)
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Sou folha morta de outono
perdida nas calçadas,
voando, rolando para o nada,
quem sabe em busca de um abrigo ...
Meu tom dourado lembra meus sonhos
abrasados e tão cedo queimados,
não saciaram minha sêde, sem pena,
sem dó, como se eu não fosse ninguém ...
O vento sopra forte, me leva para o alto
e eu flutuo entre nuvens densas da minha cor, tingidas pelo
por-do-sol ...
Como são unos meus sonhos e o por-do-sol
e aquelas nuvens douradas nos levavam com elas, mesclavam
beleza e abandono
ele o sol, eu a folha morta
para onde eu não sei ...
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