o passarinho que a poluição
espantou sou eu que voa
para seus braços.
a água que a indústria
sujou sou eu que desemboca
em sua barriga.
o mato que a cidade
cortou sou eu que cresce
em suas pernas.
o bicho que a civilização
matou sou eu que corre
para seu corpo.
nem tudo está perdido.
Ulisses Tavares
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