Perdido no meu mundo de novelas,
faço o final feliz, sempre ao meu gosto,
ouvindo os sons das músicas de estrelas,
para que o verso acorde bem disposto.
Não naveguei nas covas do teu rosto,
mas naufraguei de amor pelas vielas
dos guetos, testemunhos do desgosto,
do medo e das vertigens sobre as telas.
Aqui, onde me encontro, a solidão
tem o perfume azul que me sustém.
Prisioneiro de luas... Sou refém
das noites sem guitarra e violão.
E sigo sempre as rimas da ilusão:
eu, misantropo, louco... E mais ninguém.
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