sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Prisioneiro de luas





Perdido no meu mundo de novelas,
faço o final feliz, sempre ao meu gosto,
ouvindo os sons das músicas de estrelas,
para que o verso acorde bem disposto.

Não naveguei nas covas do teu rosto,
mas naufraguei de amor pelas vielas
dos guetos, testemunhos do desgosto,
do medo e das vertigens sobre as telas.

Aqui, onde me encontro, a solidão
tem o perfume azul que me sustém.
Prisioneiro de luas... Sou refém

das noites sem guitarra e violão.
E sigo sempre as rimas da ilusão:
eu, misantropo, louco... E mais ninguém.


 © Nathan de Castro

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