olha seu moço meu poema começa meloso
como cana fita cana roxa cana preta e amarela
e se embola num lamento lameloso
e se evapora qual poeira de cores na tela
meu poema fagulha entre girândolas e labaredas
e outros demais relampejos
descarrega eletricidade aos despejos
no princípio ativo dos embrulhos das minhas sedas
meu poema desfaz nós e nódulos
e refaz rosas murchas e mudas
em madrigais de madrugada serenata
a lira da lua e todos os módulos
são estas letras negras que a ti desnudas
e termina refrando: ai, essa saudade que ingrata!
Felipe Rey
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