Desprende-se do corpo
morto
o vulto
que alma tem por nome.
Parte para parte incerta.
E naquela câmara ardente,
já deserta,
acaba o culto à morte
da viúva, que entre lágrimas
se comove.
Esse vulto que de si
escuro é
se desprende do corpo
e sobre ele paira desolado
por partir.
Sem espaço sem tempo nem distância
vê-se
na alma iluminar-se o vulto
que do corpo acaba de sair.
E crê-se
irredutível a outro estado
onde fica para sempre iluminado.
Alvaro Giesta
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