Aos que vendem a fome
e os malabares
nos ombros de um amigo;
às cinderelas de rua
sem cristais nos pés;
aos que beiram abismos
com intenção de voo
a cada dia;
aos suicidas
pendurados na dor
nó na garganta.
Aos órfãos de vida
eu deixo o fogo, expelido
da garganta dos moinhos
pra que confundam a poesia
com mil dragões adestrados.
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