sexta-feira, 17 de novembro de 2017

"paisagem sináptica"

Adriano Nunes


funde-se à vida
o veludo do Olvido...
as horas se jogam
à existência e tudo é
corrosão, ausência,
aquela equação em branco,
aquela busca impossível,
aquele sonho de grafite.

então, desfeito
o instante,
restaria
à paisagem o pouso
sináptico de algo além,
um verso.
sim, um verso:
a prova concreta
da imortalidade

da alegria!


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