segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Igual ao sabor



A despeito,
A direito,
Ao vento

Memoráveis são
Os razoáveis
Dialetos
Sem tom.

Ou

Escreve,
Escreve
E não fica bom.

Eu
E Eu
Um só coração.

Fluo, oceano de mim
Em direção
Ao redemoinho da emoção

Que não partilha meu pão

Revelo que
Sem elo com o chão
Que me acolhe
Santuário
Refratário à ilusão.

Clichês em cascata
Aporia
E mais valia
Em alas de fantasia
Às quais minha poesia
Elucubra som.

Ler, leriam
Ou rebobinariam
Ao sal de si
Porfiam
E se vão.

Choram, não choram
Lágrimas que lágrimas
São

Ademais sigo
Abrigo do sol

Versejaria águas frias
Em refratária vasão

Não fosse a pradaria
As copas cintiladas
De aérea contemplação

Em estradas e estradas
Eleva-se a fiel contrução
Seus grisalhos léxicos
Estruturam ainda
Comunicação.

Ideais e ideais de revolução.
Reverbera-se a cantilena
De heleno projeto
Em teto de galhardias
Vazias

Que choram
Coram, negam, pregam
Desfazem-se em
Contradição.

Uma luz nos emula
Qual luta pretérita
Qual viés de elegia
Em vias de extinção.

Voo os universos sem
Natural exitação,
Minhas mãos clichês
Meus pés chavão
Ainda.

Qual inércia finda
Eleva a pátria
Pelos solos do valor
Virtude do labor

Pelo ralo
Do rádio e da televisão.

Há séculos underground
Vertente

Remodela-se o capitalismo
Vai e vem o modismo
Ganha-se e se perde
A noção.

Em teus cabelos
Um lustro dos meus cuidados
Extinguira dor
Melhor
Que panaceias
Carnavais, programas, ou
Ideais

De distinção.

ACM


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