Se todo homem é uma ilha
onde um náufrago respira;
se o outro é firme sustentáculo
sem o qual cairíamos
– inertes –
com o fardo medonho do ego;
se o inferno do tolo é o ouro,
não o de tolo mas, o outro:
o que reluz de verdadeiro,
áureo desejo do comum dos homens
(autólatras anônimos,
ébrios Narcisos espelhando-se
em vômito);
se nenhum homem é uma trilha
intransitável aos demais,
quem será o inferno do homem?
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