Quando adentrei a tenda dos mortais
Meu gesto de obediência, a me sorrir,
Acenava da estrada a prosseguir.
Quão grandes são os mares outonais!
Quantas rosas de fogo em mim ardiam!
Quão clemente o calor de acreditar,
Com pincéis d'água, alguém saiba pintar
Pássaro diferente dos que piam.
Ontem, ou hoje, já não sei mais quando
Eu duvidei de mim, por ser provável
Não saber, ao seguir me torturando,
Que o gesto, mesmo, nunca haja sorrido.
E o pobre corpo ao mar, tão miserável,
Seguirá como cinzas, decaído.
Canoas/RS
Eliane
Triska
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