meus olhos escrevem
palavras surdas
desenham
gestos mudos
esboçam
sorrisos mansos
ilusões
de um destino
sem paz
minha inquietude
que jaz
nas pontas
dos meus dedos
e este medo
de ser
de estar
de crescer
de amar
só me faz
fingir-me ileso
em vão
sobra só
esta lua cheia
uma noite e meia
e as centelhas
das estrelas
que incendeiam
minha sombra
no espelho
a brincar de
pique-esconde
com o escuro
da minha alma
que não vejo
(Cristina Desouza)
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