domingo, 30 de dezembro de 2018

ROMANCE




O livro espera ser lido.
A face espera a carícia.
Na gaveta do seu exílio,
O livro é um todo ouvido.

Os dedos vêm sensualmente.
Letras gozam inundadas.
Do papel, bestas e fadas,
Invadem confins da mente.

Dos grafismos para os olhos.
Do verso para os ouvidos.
Neurônios ganham sentidos,
Santa imaginação inglória.

Cílios marejam nas frases.
O espaço dura todo ato.
Livro renasce imediato,
Estória e prosperidades.

 Eduardo Ribeiro Toledo

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