Que ao desfolhar a vida, ainda a intime
A mendicância, ao pálido da rua
E se surpreenda frente ao próprio crime
O primitivo mar, desde a origem,
Na convulsão da mágoa se o sol vai,
Põe-se a chorar. E a boca, espuma virgem
Bate nas pedras a gritar: - Meu pai!
Por mais que implore alívio do flagelo;
Um condenado a ver somente o dia,
O sol nunca ouvirá da noite: Ó belo!
Agora, vês a dor de um eu aflito
Servido à vida numa ceia fria
Como fome nas mesas do infinito.
Eliane Triska
Canoas/RS
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