quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O INVISÍVEL POEMA




Aqui se cruzam os caminhos
de épocas remotas e atuais.
Neste espaço finco os beirais
desta casa onírica.Meu ninho

é esta escrita em pergaminho.
São as fantasmagorias banais,
os sons obsessivos das vogais
e as libações efêmeras do vinho.

Não falo de casas em burburinho,
nem de monumentos e catedrais.
Registro, apenas, nesta escrivaninha

o invisível poema em redemoinho,
capturando o lido e o olvido e os ais
escutados na partição dos caminhos
Rubens Jardim

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