Eu morro todo dia sem ter hora,
Sem dever de salvar, à
eternidade,
Um sorriso ou um choro, vida
afora,
Morrendo sem nenhuma enfermidade.
Morro mais quando a dor engasga a
fome
De vida que eu engulo e não
reclamo.
Morro menos de amor, e me
consome,
A morte amar a vida mais que eu
amo.
Em mim tudo o que vive é
diferente
Dessa paixão que a morte vive a
vida
E o meu peito alimenta docemente.
Intriga-me, por Deus! Injusta a
lida
Da vida, a me querer só
parcialmente
E, inteira, dar-se à morte
constrangida.
Canoas/RS
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