segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Na infindável solidão da madrugada sinto-me um minúsculo grão de pó



A escuridão da madrugada esmaga o grão humano de areia em seu nada absoluto que domina a vastidão de seu anonimato .O som seco de seu ser, sinaliza uma existência que luta para ser vida, a ser Pessoa , a ter um Eu potente que ilumine nessas horas sinalizando possibilidades , escrutinando horizontes. O excesso de cores produziu a aparência da ausência . Tudo ao redor ou aponta ao precipício ou cega pela luz sem vida .
A poeira das horas afogaram as semanas e agora mais um ano se passou na escuridão . Aprendi a ler os odores e reentrâncias das trevas  . A angustia  e o peso da existência não me obrigam mais a senti-los  como açoites . São companhias de viagem
Outrora vi imagens de devires na forma  de fotos , sorrisos e olhares em uma foto, lembranças de uma época que ficou rasgada pela metade . São imagens em alguma gaveta que não se permite empoeirar.

Wilson Roberto Nogueira .

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