segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Braços a frente e às costas,
imagens humanas, fazem-se divergência temporal.
Uma temporalidade, que inibe, restringe, absorve-se mal...
O tempo já não limita apenas horas e lugares.
Ele já penetra em nossas entranhas,
feito um velho conhecido, que sequer bate à porta.
Eis que nossa mente assusta-se, pois que não comporta,
o imenso ir e vir e o prosseguir que viaja além,
do que nosso corpo/casulo suporta...

A gente se medra, se esquiva.
A gente se degreda,
não tendo perspectiva...

Eu te peço perdão, meu companheiro,
Pelas tristes palavras que te digo.
Amigos sempre fomos; tempo inteiro.
Desde guris, revoltos sem castigo.

Vivendo sem temer, sem paradeiro.
Eu não tinha segredo algum contigo,
Juntos nós encarávamos vespeiro,
Não conhecemos medo, e nem perigo...

Mas, agora desculpe esse covarde,
Que não teve coragem de negar,
Pois bem sabes, se o peito mais nos arde,

É coisa bem difícil controlar,
E antes que tudo cegue e seja tarde,
Vou, tua amada prenda, namorar...

Juleni Andrade

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