segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

CONTO DO LABIRINTO




Ícaro voava pelos escombros guardados no guardanapo sujo, ali mesmo na mesa redonda. Os cavaleiros sentiam uma estranha alegria, escutando outra vez o céu. Além da muralha havia a floresta de momentos, lá habitava a loucura.

De repente, o lago abriu-se e botou para fora o vazio. Vieram árvores, deuses, reis, rainhas, luas novas.

Mulheres encerraram o canto. Homens destilaram nódoas. O poder esmagou a espada e Ícaro pousou na toalha branca para absorver respostas.

JULENI ANDRADE

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