Ícaro voava pelos escombros guardados no guardanapo sujo,
ali mesmo na mesa redonda. Os cavaleiros sentiam uma estranha alegria,
escutando outra vez o céu. Além da muralha havia a floresta de momentos, lá
habitava a loucura.
De repente, o lago abriu-se e botou para fora o vazio.
Vieram árvores, deuses, reis, rainhas, luas novas.
Mulheres encerraram o canto. Homens destilaram nódoas. O
poder esmagou a espada e Ícaro pousou na toalha branca para absorver respostas.
JULENI ANDRADE
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