Nessas folhas caídas , meu outono,
Da vida vai distante a primavera.
Quisera não viver esse abandono,
Nem conhecer ardor dessa quimera...
Vem vindo devagar; quando ressono,
Inverno terminal. Ai quem me dera;
Meu Pai me concedesse; como abono,
Pudesse ressurgir, qual fora fera,
Nos tempos tão felizes que se foram...
Menino, procurando meu futuro,
Não sabendo, entretanto quanto é duro.
Perder os amores que ficaram,
As esperanças todas, se acabaram.
Já fui, agora espreito sobr’o muro...
Marcos Loures
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