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domingo, 26 de maio de 2019

Não desista nunca



Martha Medeiros

Se você não acreditar naquilo que você é capaz de fazer;
quem vai acreditar?
Dizer que existe uma idade certa,
tempo certo, local certo, não existe.
Somente quando você estiver convicto daquilo que deseja
e esta convicção fizer parte integrante do processo.
Mas quando ocorre este momento?
Imagine uma ponte sobre um rio.
Você está em uma margem e seu objetivo está na outra.
Você pensa, raciocina,
acredita que a sua realização está lá.
Você atravessa a ponte,
abraça o objetivo e não olha para traz.
Estoura a sua ponte.
Pode ser que tenha até dificuldades,
mas se você realmente acredita que pode realizá-lo,
não perca tempo: vá e faça.
Agora, se você simplesmente não quer ficar nesta margem
e não tem um objetivo definido, no momento do estouro,
você estará exatamente no meio da ponte.
Já viu alguém no meio de uma ponte na hora da explosão...
eu também não.

Realmente não é simples.
Quando você visualizar o seu objetivo
e criar a coragem suficiente em realizá-lo,
tenha em mente que para a sua concretização,
alguns detalhes deverão estar bem claros na cabeça ou seja,
facilidades e dificuldades aparecerão,
mas se realmente acredita que pode fazer,
os incômodos desaparecerão.
É só não se desesperar.
Seja no mínimo um pouco paciente.
Pois é, as diferenças básicas entre os três momentos são:

ESTOURAR A PONTE ANTES DE ATRAVESSÁ-LA

Você começou a sonhar... sonhar... sonhar!
De repente, sentiu-se estimulado
a querer ou gozar de algo melhor.
Entretanto, dentro de sua avaliação,
começa a perceber que fatores que fogem ao seu controle,
não permitem que suas habilidades e competências o realize.
Pergunto, vale a pena insistir?
Para ficar mais tangível, imaginemos que uma pessoa
sonhe viver ou visitar a lua, mas as perspectivas do agora
não o permitem, adianta ficar sonhando ou traçando este objetivo?
Para que você não fique no mundo da lua, meio maluquinho,
estoure a sua ponte antes de atravessá-la, rompa com este objetivo
e parta para outros sonhos!

ESTOURAR A PONTE NO MOMENTO DE ATRAVESSÁ-LA

Acredito que tenha ficado claro, mas cabe o reforço.
O fato de você desejar não ficar
numa situação desagradável é válido,
entretanto você não saber o que é mais agradável, já não o é!
Ou seja, a falta de perspectiva nem explorada em pensamento,
não leva a lugar algum.
Você tem a obrigação consciencional de criar alternativas melhores.
Nos dias de hoje, não podemos nos dar ao luxo de sair sem destino.
O nosso futuro não é responsabilidade de outrem,
nós é que construímos o nosso futuro.
Sem desculpas, pode começar...

ESTOURAR A PONTE DEPOIS DE ATRAVESSÁ-LA.

No início comentei sobre as pessoas que realizaram o sucesso
e outras que não tiveram a mesma sorte.
Em primeiro lugar, acredito que temos de definir o que é sucesso.
Sou pelas coisas simples,
sucesso é gostar do que faz e fazer o que gosta.
Tentamos nos moldar em uma cultura de determinados valores,
onde o sucesso é medido pela posse de coisas,
mas é muito mesquinho você ter e não desfrutar
daquilo que realmente deseja.
As pessoas que realizaram a oportunidade
de estourar as suas pontes de modo adequado e consistente,
não só imaginaram, atravessaram
e encontraram os objetivos do outro lado.
Os objetivos a serem perseguidos, foram construídos
dentro de uma visão clara do que se queria alcançar,
em tempo suficiente, de modo adequado,
através de fatores pessoais ou impessoais,
facilitadores ou não, enfim o grau de comprometimento
utilizado para a sua concretização.

A visão sem ação, não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

nem velas nem molho branco
hoje nosso jantar
acontece por baixo da mesa
desfias minhas pernas de seda
teu beijo promete mais tarde
jogo a toalha de renda no chão
me rendo


MARTHA MEDEIROS
( poeta gaúcha, cronista e publicitária. Em 1993, após ter publicado 3 livros, Strip-tease(1985),Meia-noite em quadro(1987) e Persona non grata(1991), abandonou a carreira e foi morar no Chile. Ficou por lá oito meses só escrevendo poesia. Alguns livros posteriores: De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998),Geração Bivolt (1995), Topless (1997). MARTHA MEDEIROS está na 48ª postagem da série AS MULHERES POETAS...)

Se quiser ler mais, clique no link:
 http://www.rubensjardim.com/blog.php?idb=40968

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Morte Devagar



 “Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito repetindo todos os dias os mesmos trajeto, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos…
Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente!"

- Martha Medeiros

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"Eu triste sou calada


Eu brava sou estúpida

Eu lúcida sou chata

Eu gata sou esperta

Eu cega sou vidente

Eu carente sou insana

Eu malandra sou fresca

Eu seca sou vazia

Eu fria sou distante

Eu quente sou oleosa

Eu prosa sou tantas

Eu santa sou gelada

Eu salgada sou crua

Eu pura sou tentada

Eu sentada sou alta

Eu jovem sou donzela

Eu bela sou fútil

Eu útil sou boa

Eu à toa sou tua".

Martha Medeiros