Cortei a corda. Botei minha Verdade no papel.
Quando nasce como todas, qualquer pessoa,
Vem ligada a alguém, para ter cortado o cordão,
Deveria na seqüência privilegiada, sentir-se livre,
Para a nada ou coisa alguma, nunca mais se prender.
Mas há uma voz muda que na consciência ecoa,
Fazendo que em grupo seja ouvido o bordão,
"Sem direito a vida, a liberdade se prive",
E em tempo de vivência, aprisione o Ser.
Existem pessoas que inventam umbigos outros,
E se dão a enfrentamentos que nada trazem,
Espelham-se em imagens que pensam tê-las,
Sentindo o frio ..., delicioso, e sem ler as entrelinhas.
Pensam prazeres, mas vivem ilusão atroz,
Assim seguem ..., e para mudar nada fazem,
E ao invés de alçarem-se livre, às estrelas,
Rumo ao chão, sentem-se pequenininhas.
Pois o ser que quando se sabe livre ..., voa,
Só fica preso pelo humano, como marionetes,
Amarradas sem vida, mas com movimentos,
E quando volta a lida, é para o mundo caduco.
Pois aquele grito mudo, no ouvido ainda ecoa,
E ficam as pessoas secas de lágrimas como se inertes,
Em medos e máscaras que não mostram sentimentos,
Ajudando o semelhante, a permanecer maluco.
Assim essas pessoas mantenhem-se a nada incorporadas,
Pensam-se almas unidas no fundo dos abismos,
Excluem-se depois de cada coisa que foi usada,
E permanecem assim para sempre, gêmeas do nada.
Corte a corda ..., e ponha a sua verdade no papel.
Olinto A Simões
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