quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Refúgio e Tormenta


 Deixado no violeta podre das tormentas
buscando ouvir o som das portas se fecharem,
e ver o brilho estacado, o fantasma da luz
entre paredes, sem rumor, a deslizar.

Enquanto por vultos tão claros
pegadas súbitas,
restos de sono a vagar,
soletrei as sombras do refúgio e da tormenta ,
ninguém respondia o que preluz.

Berrantes cores me despertaram,
do patamar enegrecido em que minha face iluminada
olhava as trevas e era vista, sem ver nada

 Tullio Sartini

Nenhum comentário: