domingo, 2 de dezembro de 2012


De Mara Paulina Arruda.
Esqueça! Em nenhum lugar do mundo as coisas serão perfeitas. Não senhor. E daí vou te contar que vi ontem pela manhã uma mulher protegendo uma criança com uma jaqueta de nylon. A criança tinha nas costas uma mochila. Estavam no abandono da rua. Vida real. Século XXI. E a mulher puxava-a pela mão.
Agora, o interessante é que havia nobreza na cena. O rosto e a postura da mulher não provocavam piedade ou mesmo outro sentimento. Olhos puxados,cabelos presos, roupas simples. Era quase uma pintura. E o meu vocabulário, aprendiz das coisas da vida, incapaz de traduzir.
 

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