quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pureza



Amo a casa à sombra da noite,
mais nua ausência;
hora de ouvir o que ninguém diz.

Não tenho imagem.
Tudo regressou
à calma geológica.

Descortino-me à janela,
onde sopra a brisa,
último vestígio de Deus.
 
Roberta Tostes Daniel

Um comentário:

Anderson Carlos Maciel disse...

Profundidade psicológica torneada de imagens concretas. Gostei da forma e da constância. Imagino que para contornar a ausência devamos fazer amigos, através da beleza de nossa produção cultural histórica para a humanidade.