terça-feira, 15 de janeiro de 2013

à deriva





sinto-me
um barco perdido
a procura do cais

a cada aurora
ao sentir
o sopro do vento
ali estou

envolta em
um cobertor
de sonhos

querendo ver
o mundo suspenso
nos olhos
dos meus desejos

e quem sabe
ao anoitecer
o cobertor
seja de beijos

cláudia gonçalves

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