terça-feira, 8 de janeiro de 2013

DANÇA PARA UMA ALEGRIA MÍNIMA





Lembro do modo que a morte me convida
pra fazer vida consigo no pós-morte.
Penso comigo no medo que consigo
quando me vejo esquecido pela sorte
fico menor que o menor ser dividido
meio sem porto, sem norte, sem abrigo...

Sempre que sumo, espero e me procuro
sei que comigo amigo inimigos...
Sinto que a fome me come parasita
e cedo à sede em segredo, comovido.
Quero que o belo futuro me visite
e me permita o instante enfestecido:
desenharei alegria em surdos gritos
desdenharei os demais dias vividos!

Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
***
Para ver mais: http://poetaaltairdeoliveira.blogspot.com.br/

Nenhum comentário: