arquear o corpo da mulher. música xilofonada em
ossos: arcadas, fósseis. o sangue iluminando os microcanais das tetas.
cabeça, o lustre absoluto. uma imensa copa cujos galhos
se inclinam para o outro lado da noite: ouve-se o silêncio, o tônus secreto das
línguas, como que varado por um fogo de patas, que bate casco. queima, fluído.
dizem, é o canto desentranhado, a delicada implosão
do músculo da luz; dizem, é o amor, de repente, uma lira quadrúpede que se
deixa tanger pelo crime, este crime lentamente masculino.
tudo canta por baixo dos testículos tombados.
Mar Becker
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