alquimia
vejo a lua que lateja, ardente
goles d'água para minhas pausas
desato o espanto exato do olho
que se condensa espelho
dançando numa ilha
um minuto é um estilhaço
e teu abraço é o que recolho
âncora de palha no abismo
ou barco de primeiro porto
árvore de chuva se esculpe
broto pende do caule
rompendo
quase miragem:
sopro agudo na retina
(Beatriz H. R. Amaral)
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