Quero saber nos perfumes da infância mergulhar
Voltar a brincar no domingo de arroz doce e bolo
E sentir o vento do mar nas conchinhas guardadas
Voltar a brincar no domingo de arroz doce e bolo
E sentir o vento do mar nas conchinhas guardadas
O grande portão pesado de ferro atravesso
E, travessa, ando de escorrega e subo-desço no balanço
Quero de novo o melado das mãos de sorvete
E o suor da testa no avental enxugar, secando
Assim
Os arranhões de hoje e de amanhã
E, travessa, ando de escorrega e subo-desço no balanço
Quero de novo o melado das mãos de sorvete
E o suor da testa no avental enxugar, secando
Assim
Os arranhões de hoje e de amanhã
Quero nas conchinhas guardadas encontrar
A menina do queimado e do pé de goiaba
Quero nas conchinhas guardadas nas manhãs de sol rever
– Cheiinhos de onda espuma cheiro do mar –
Profundos túneis no úmido da areia
No úmido dos olhos saudosos
A menina do queimado e do pé de goiaba
Quero nas conchinhas guardadas nas manhãs de sol rever
– Cheiinhos de onda espuma cheiro do mar –
Profundos túneis no úmido da areia
No úmido dos olhos saudosos
Teresa Cristina Coutinho
Carioca, professora, autora de contos e poemas
publicados em Antologias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário