Já fui madeira
muto antes que fornalha.
Hoje eu sou carne
e não me entrego a navalha.
Serei forquilha
nas encostas do mourão.
Fendas, racahaduras e valas
nas securas do torrão.
De um outro jeito
refazendo essa pintura.
Em diálogo sustentado
na firmeza da leitura.
Risos na boca da noite
e mais uma gargalhada louca.
Mato rasteiro cortado à foice
mede o tecido no tamanho da roupa.
Koló Farias Eduão.
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