quarta-feira, 23 de maio de 2018

Aedos e rapsodos da lua marrom


Aedos e rapsodos da lua marrom
(Em uma superfície lisa)

Pois, um lugar, um luar
Banha-me o ego em prata
Cabalar

Fagulhas de egos e centelhas
De vidas psíquicas
Transmutam-se em pó
Em fá, mi, ré, dó

Gente toda só
Gente toda só

A carniça é adubo em
Certas fertilidades e
Pela cidade verte pão
Em não se florir de rosas
Pois formosas e prosas
Do segredo mais clichê

Do universo.

(Da redação)

O pão da palavra,
O alimento do poema
A água da sabedoria
O dicionário das metáforas

Aedos curitibanos
(Um oferecimento)

Levados foram aos ventos
As chavões sementes de sempre
Germinaram inconscientes gentes
Nos territórios ficcionais
Derribados de si

Nós todos,
Vertente underground,
Minha crítica, meu fel,
Meus erros de ortografia

A água que jorraria
Continua a jorrar

No brilho do olhar, no clichê
No açúcar que um sem par
Havia por me negar

Na mansão de Voltaire
Em chafariz

A ver se condiz a ver se
Reverberará
ACM

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