O extermínio das maravilhas propagadas pelos versos,
retratos e canções de amor causou choque e inconformismo quando foi divulgado à
sociedade. Não se podia mais negar as traições, nem florear o desejo sexual.
Não seriam toleradas as lágrimas em busca de perdão; nem as juras de amor
eterno feitas antes e durante o coito. Que fossem todos apenas sentidos, sem
mentiras!
Sexo não é amor – determinou-se. Sexo é instinto –
justificavam. Quem quisesse sexo, a partir de então, deveria ser sincero e
aberto à justa negação. Não, era não; sim era aproveite. E quem não estivesse
de acordo com as novas regras, que desembolsassem suas espécies para comprar o direito
ao gozo.
...
Rejane Marques
redutonegativo.blogspot.com
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