“quando te cansares de tudo, olha tua mão
e te diz: estou cansado de tudo”
Ferreira Gullar
Eu tenho andado oculto
Lendo poesias
Lembrando de histórias
Traçando planos
Pensando na morte
Fugindo de hospícios
Chamando atenção
Correndo perigo
Perdendo a noção
Eu tenho pensado no destino retardado
No mundo sem dono
No homem vaidoso
Na mulher que dorme ao meu lado
E na baba que escorre da boca
De toda pessoa tranqüila
Eu tenho batido no peito
Achando razões
Brincando no pátio
Bebendo muita água do mar
Mas num relâmpago acendo o cigarro e sigo
Otávio Luiz Kajevski Junior
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