sábado, 1 de dezembro de 2012


Ela caía por aquele homem.
À noite, debatia-se por não se aguentar em ansiedade.
Quem era ele? O que pretendia?
Enxergava-o como um símbolo da correção, razão contida,
metódico e sistemático, infalível.
“Ah! Pra que tentar decifrá-lo?”, pensou.
Resolveu parar com aquelas indagações inquietantes:
livrar a frivolidade da dúvida.
Orgulhosa de si, viu-se encerrada.
Ao despedir-se dele, ele sussurra:
“Tens o rosto de um passado seguro.”
Vai embora cercada de dúvidas novamente.

Elisson Silva

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