sábado, 1 de dezembro de 2012

Noite de Lua Cheia



Vodka e lima da pérsia com pimenta rosa,Caipiríssima Brasil.
e no mais...
sou eu soul...alma livre
mergulhada feito um canudo
por onde circula o alcool da benção sagrada do entorpecer que permite que as palavras se soltem feito folhas em dias de outono dourado e voem livres anunciando vida.
O lado sem lado que desconheço porque é veloz e está resguardado na censura dos tempos dogmáticos.A cada gole um fôlego novo,o respirar liberto, uma a nestesia de dizer-me sem um pingo sequer de preocupação com quem esta ai a ler-me àvido ou não,talvez entediado do "muito",do gigante tudo que embebeda de nada ser.
Tanta filosofia vã,em vã as nuvens e na fresta da janela de vidraça transparente e imaculada uma lua arrebentando de cheia.Cheia!exuberante! como meu querer em dias de entusiasmo por algo que me acordou do vazio insonso do tudo igual.
A lua mexe comigo,viro esta luz que pisca,o olho aceso,a vontade de dizer-me e ouvir-te no teu ôco.No princípio do burburinho sem erro das almas que se sabem sem dizer.
-Como quero!
-O que?
-Nem sei...
-Tanta coisa...
A começar alguém que me cubra quando estou com frio.Alguém que me garanta o "bom dia" do dia seguinte e sei lá...quero o que não sei,o imprevisível,o original,a surpresa do bem querer.Quero a ausência de perguntas!
O advinhar das intenções,olhos com linguagem própria e mãos de abandono à carinhos.
-Quer coisa mais detestável que amar por desincumbência?
-É ! Isto não quero.
E assim tudo fica mais fácil,sei enfim o que não quero!
(a maquininha com o cartão)
-dinheiro para as contas...
Boa noite,durmo sózinha.

 

Cristina Siqueira

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