Quando penso nos tempos de outrora
Meu olhar se perde em desventura
Triste vejo o vago desta hora
Sou um lago sereno de amargura.
Minha boca não sabe de outro beijo
Sem desejo ativo morto - vivo
Sou um vulto pálido doutro tempo
Que saiu de algum livro asombrativo
E se choro as lágrimas são de plástico
Quando batem no chão ninguem escuta
Sou filósofo, não sei de metafísica
Alma tísica à espera da cicuta.
Evan Do Carmo
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