Se vires não, no coração,
Não te aborreças. O Universo
Ainda é maior que a tua dor.
Como o Universo, sê disperso,
Apenas deixa tuas células
Pairando no ar de nosso século...
E não esperes desespero
Deste leitor, que lê tua voz,
Pois tuas mensagens, nas imagens
De tua arte tão atroz,
Se ajuntarão a outras células
De tantos versos de outros séculos.
Apenas, ri, poeta, ri,
Pois será salva tua arte.
Puseste o Emblema em teu poema
─ Que há de viver em outra parte! ─
Permanecendo em outras células
De um coração... que não tem século.
André de Castro
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