Jairo Mellis
Começou chover e o céu está cheio de pensamentos. As chuvas
se sentam no sofá e sorriem uma das outras por que as pessoas caem nos rostos
dos infelizes que enfiam a cara na geladeira e derrubam as nuvens do céu. Que
belas nuvens carregam o vento pelos céus coloridos e anis, diante o qual me
deixa alegre e tenho vontade de dizer, mas a tela do computador escurece e de
repente relâmpagos e mais trovoadas caem na floresta da minha cama e nas plagas
onde sorvem o corpo dos mortos, os féretros que passam inocentes diante nossas
ruas acompanhados pela procissão dos loucos padres que não sabem que são todos
de barro e podem cair e morrer novamente... Como são belas as folhas de papel
em branco! Iguais minha mente e como a imaginação dos anjos descendo a
escadinha que deixei no porão para que cantassem à noite quando me desse
vontade de dormir e não conseguisse porque os rouxinóis ficassem me
atormentando juntamente com aquelas aves miseráveis que bradam todas as
manhãs... Seriam os jaçanãs, os abutres os urubus? Nem sei... Acho que deveriam
pegar uma vassoura e voar por aí como as bruxas que estão nas ruas se dizendo
gente mas que não passam de figurinhas coladas no meu álbum do Orkut e do
Facebook. Nossa! Será que elas pensam?
Talvez se as nuvens caírem realmente acabará a procissão e
não sei pra onde irão as messes, nem mesmo as preces das enlouquecidas
barbáries deste mundão cheio de gelatina que está na minha geladeira agora que
as ruas estão coberta de uma cobertura de morango e outra de chantili.
Ai! Quero me internar porque acho que eu não estou bem e
nada mais na vida faz sentido! Aqueles médicos malucos todos viciados em
remédio talvez me ajudem a sofrer menos e a aliviar minha tensão...
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