(ao poeta Mário Gomes)
Esses olhos que a terra não deseja
hão de comer a vastidão da terra
plantar no solo o sêmen de seus rastros
cravar na pedra o seu punhal de febre,
sonho pleno de pedra.
As algemas de sangue, solidão e medo;
o luminoso terror noturno...
Há tragédia em cada ato
no tempo descarrilhado
e um gosto de eternidade.
Wender Montenegro
Nenhum comentário:
Postar um comentário