Olhai os Lírios do Campo
Não tecem, nem fiam, mas não há
Nada mais majestoso que eles...
Nem Reis, nem eu, nem tu
Nos igualamos à sua beleza.
Olhai, admirai, confirmai;
Não há ninguém, nenhum.
Olhai para mim, os olhos o dizem,
Olho para ti; estão calados os teus olhos.
Teus Lírios parecem murchar.
Nem o céu, nem o mar em toda a sua imensidão,
Conseguiriam dizer o que carrego dentro de mim.
Está no mais profundo eu.
Mas meus olhos conseguem dizê-lo.
Nem o Amor, nem a dor, nem eu,
Conseguiria dizer o que existe
Dentro de ti...
Abra os olhos, fale, grite, não se cale!!!
Teus Lírios estão morrendo
Eu tenho água comigo,
Tenho o azeite para a lâmpada
Olha para mim...
Olhei os Lírios do Campo
Teceram dentro de mim
A majestade da percepção.
Abra os olhos, os meus já
Estão abertos...
Fale, exale...
Huliana Ribeiro dos Santos
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