quarta-feira, 18 de março de 2020


Curitiba é uma província.
Diminuta, tacanha, ensimesmada.
Mas não na literatura: na literatura Curitiba é um gigante.
Já houve tempo que a literatura em Curitiba se reduzia a alguns pálidos satélites em torno de um ou outro luminar: Emiliano, Newton Sampaio, Dalton, Leminski...
Esse tempo acabou: hoje Curitiba é uma galáxia, uma nebulosa, uma constelação onde luzem aqui e ali dezenas de asteroides de primeira grandeza.
Ainda há uma certa autofagia, uma excessiva timidez, um medo de se apresentar e dizer "oi, tô aí", mas, fora isso, onde outra cidade com tantos poetas, prosadores, ensaístas e tradutores de responsa?
É esta Curitiba que eu viajo.
Não a do Moro, do Grega e da bancada do camburão.

Otto Leopoldo Winck (10 de março de 2018)

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