quarta-feira, 18 de março de 2020

Os trabalhadores e a juventude brasileira precisam defender sua vida e sua sobrevivência



 "Declaração Os trabalhadores e a juventude brasileira precisam defender sua vida e sua sobrevivência A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de declarar que o mundo está numa pandemia de coronavírus. Para a OMS, nas últimas duas semanas o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e número de países afetados triplicou. Hoje, são mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes. Segundo o jornal El País/Brasil “O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira que o órgão está ‘profundamente preocupado’ com ‘níveis alarmantes de propagação e severidade, bem como com níveis alarmantes de inação”. Há poucos dias a imprensa mundial divulgou que um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard estimou que entre 40% e 70% de toda a população mundial deve ter resultado positivo para o novo coronavírus em algum momento. De acordo com os cientistas, essa taxa de infecção poderia ocorrer ao longo do próximo ano. Hoje, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, previu que 70% dos alemães podem contrair o vírus se nada for feito para conter a expansão da doença. Feitas as contas, se a contaminação atingir entre 40 e 70% da população mundial, e com o grau de letalidade variando entre 2% e 3,6%, as mortes podem atingir dezenas de milhões – ou até mais de 100 milhões - de pessoas em todo o mundo. Isso equivaleria a uma guerra mundial. O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, em audiência no Congresso Nacional, que nada muda com o anúncio da OMS. Ou seja, pouco se importou com os riscos envolvidos por detrás da Pandemia, reproduzindo o descaso que vem sendo expresso pelo presidente Bolsonaro. No momento em que o Brasil precisaria liberar mais verbas para fortalecer seu setor de saúde e melhorar as condições sanitárias para evitar a propagação do coronavírus, o Ministro Paulo Guedes, da economia, enviou ao Congresso uma lista de prioridades onde pede a aprovação acelerada das PECs que desmantelam e privatizam os serviços públicos atingindo em cheio à saúde pública do país. A preocupação do Ministro da Economia não é com os trabalhadores, com a população, e sim com a política de ajuste fiscal que disponibilize aos especuladores (donos de títulos da dívida pública) dinheiro público para engordar seus dividendos. É isso que ele está fazendo com o Fundo Soberano, queimando bilhões de reais no jogo de especulação do dólar contra o real. A urgência do povo é diferente da ganância dos grandes capitalistas bilionários. O povo tem urgência em fortalecer o sistema de saúde, equipar os hospitais e ampliar os leitos hospitalares, melhorar nossas condições sanitárias, contratar e capacitar mais profissionais da saúde, fabricar máscaras adequadas na quantidade necessária à população, assegurar os salários e os empregos dos trabalhadores. Por isso é tarefa da hora que as organizações dos trabalhadores e da juventude (partidos, centrais sindicais, UNE/UBES, etc) exijam, entre outras medidas: - Cancelamento imediato da EC 95 que congela os gastos com a saúde pública, ampliação emergencial do sistema público de saúde (SUS); - Utilização do dinheiro do Fundo Soberano para aumento dos gastos com a saúde pública e medidas para minorar as consequências sociais do coronavírus e não para gastar na guerra cambial dos especuladores. Contra a especulação ao Real controle do câmbio pelo Banco Central; - Suspensão imediata da aplicação da reforma previdenciária para garantir dinheiro para a seguridade social e poder de consumo da classe trabalhadora; - Retirada imediata de tramitação de todas as propostas no Congresso Nacional que desmantelam, reduzem e privatizam os serviços públicos; - Proibição de demissões e reduções de salários por conta do coronavírus; - Nenhuma escola desativada ou com verbas cortadas. Nenhum professor demitido. Garantia de ajuda alimentar para as crianças que dependam da merenda escolar matriculadas em escolas fechadas temporariamente. Licença de trabalho – sem corte de salário e com garantia de emprego – para mães de crianças de escolas onde as aulas forem temporariamente suspensas; - Nenhum curso universitário desativado ou com cortes de verbas em universidades temporariamente com as aulas suspensas. Mais verbas para a pesquisa em área de saúde relativas ao combate ao coronavírus. É evidente, depois de 1 ano de mandato, que o governo Bolsonaro é um governo desinteressado em defender a vida da grande maioria do povo brasileiro. Diante de uma situação tão preocupante como a pandemia de coronavírus, onde as medidas são urgentes para defender socialmente a sobrevivência da família trabalhadora, o povo tem o direito de discutir os meios de constituir um governo e instituições capazes de levar esta tarefa adiante. Certamente, não será um governo a serviço de especuladores e de grandes capitalistas – que só fazem aumentar a miséria – que realizarão a tarefa de defender a vida da população. No dia 18 de março todos às ruas lutar contra Bolsonaro e sua política de destruição dos serviços públicos que só vai agravar as consequências do coronavírus. Fora Bolsonaro, por um governo dos trabalhadores que defenda a vida do povo. Estamos à disposição para discutir com todos os militantes, trabalhadores e jovens, essa declaração. Organização Comunista Internacionalista (OCI) – 11.03.2020 Contato: cartaoci@gmail.com". Você pode escolher se deseja adicionar isso à sua linha do tempo.
Anisio escreveu: "Declaração Os trabalhadores e a juventude brasileira precisam defender sua vida e sua sobrevivência A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de declarar que o mundo está numa pandemia de coronavírus. Para a OMS, nas últimas duas semanas o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e número de países afetados triplicou. Hoje, são mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes. Segundo o jornal El País/Brasil “O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira que o órgão está ‘profundamente preocupado’ com ‘níveis alarmantes de propagação e severidade, bem como com níveis alarmantes de inação”. Há poucos dias a imprensa mundial divulgou que um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard estimou que entre 40% e 70% de toda a população mundial deve ter resultado positivo para o novo coronavírus em algum momento. De acordo com os cientistas, essa taxa de infecção poderia ocorrer ao longo do próximo ano. Hoje, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, previu que 70% dos alemães podem contrair o vírus se nada for feito para conter a expansão da doença. Feitas as contas, se a contaminação atingir entre 40 e 70% da população mundial, e com o grau de letalidade variando entre 2% e 3,6%, as mortes podem atingir dezenas de milhões – ou até mais de 100 milhões - de pessoas em todo o mundo. Isso equivaleria a uma guerra mundial. O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, em audiência no Congresso Nacional, que nada muda com o anúncio da OMS. Ou seja, pouco se importou com os riscos envolvidos por detrás da Pandemia, reproduzindo o descaso que vem sendo expresso pelo presidente Bolsonaro. No momento em que o Brasil precisaria liberar mais verbas para fortalecer seu setor de saúde e melhorar as condições sanitárias para evitar a propagação do coronavírus, o Ministro Paulo Guedes, da economia, enviou ao Congresso uma lista de prioridades onde pede a aprovação acelerada das PECs que desmantelam e privatizam os serviços públicos atingindo em cheio à saúde pública do país. A preocupação do Ministro da Economia não é com os trabalhadores, com a população, e sim com a política de ajuste fiscal que disponibilize aos especuladores (donos de títulos da dívida pública) dinheiro público para engordar seus dividendos. É isso que ele está fazendo com o Fundo Soberano, queimando bilhões de reais no jogo de especulação do dólar contra o real. A urgência do povo é diferente da ganância dos grandes capitalistas bilionários. O povo tem urgência em fortalecer o sistema de saúde, equipar os hospitais e ampliar os leitos hospitalares, melhorar nossas condições sanitárias, contratar e capacitar mais profissionais da saúde, fabricar máscaras adequadas na quantidade necessária à população, assegurar os salários e os empregos dos trabalhadores. Por isso é tarefa da hora que as organizações dos trabalhadores e da juventude (partidos, centrais sindicais, UNE/UBES, etc) exijam, entre outras medidas: - Cancelamento imediato da EC 95 que congela os gastos com a saúde pública, ampliação emergencial do sistema público de saúde (SUS); - Utilização do dinheiro do Fundo Soberano para aumento dos gastos com a saúde pública e medidas para minorar as consequências sociais do coronavírus e não para gastar na guerra cambial dos especuladores. Contra a especulação ao Real controle do câmbio pelo Banco Central; - Suspensão imediata da aplicação da reforma previdenciária para garantir dinheiro para a seguridade social e poder de consumo da classe trabalhadora; - Retirada imediata de tramitação de todas as propostas no Congresso Nacional que desmantelam, reduzem e privatizam os serviços públicos; - Proibição de demissões e reduções de salários por conta do coronavírus; - Nenhuma escola desativada ou com verbas cortadas. Nenhum professor demitido. Garantia de ajuda alimentar para as crianças que dependam da merenda escolar matriculadas em escolas fechadas temporariamente. Licença de trabalho – sem corte de salário e com garantia de emprego – para mães de crianças de escolas onde as aulas forem temporariamente suspensas; - Nenhum curso universitário desativado ou com cortes de verbas em universidades temporariamente com as aulas suspensas. Mais verbas para a pesquisa em área de saúde relativas ao combate ao coronavírus. É evidente, depois de 1 ano de mandato, que o governo Bolsonaro é um governo desinteressado em defender a vida da grande maioria do povo brasileiro. Diante de uma situação tão preocupante como a pandemia de coronavírus, onde as medidas são urgentes para defender socialmente a sobrevivência da família trabalhadora, o povo tem o direito de discutir os meios de constituir um governo e instituições capazes de levar esta tarefa adiante. Certamente, não será um governo a serviço de especuladores e de grandes capitalistas – que só fazem aumentar a miséria – que realizarão a tarefa de defender a vida da população. No dia 18 de março todos às ruas lutar contra Bolsonaro e sua política de destruição dos serviços públicos que só vai agravar as consequências do coronavírus. Fora Bolsonaro, por um governo dos trabalhadores que defenda a vida do povo. Estamos à disposição para discutir com todos os militantes, trabalhadores e jovens, essa declaração.

Anisio Garcez Homem 




Organização Comunista Internacionalista (OCI) – 11.03.2020 Contato: cartaoci@gmail.com"


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