Abraço do adeus
Lerás porém algum dia
Meus versos d’alma arrancados,
De amargo pranto banhados,
Com sangue escritos.
(Ainda uma vez, adeus! – Gonçalves Dias)
Aquela noite sob a bruma fria
Em que até a Lua s’entristecia
Quando de mi, já tarde, te despedias
Em minh’alma uma sombra caía
E no peito uma sensação tão vazia!
Pois que naquele singelo abraço
Dizias-me, tu – “Adeus” -, Amigo e não sabias!
Alessandra Bertazzo
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